Adjá, adeja ou campa: saiba mais sobre a importância deste instrumento nos cultos

Equipe de Insights Espirituais
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As pessoas que já foram a algum culto num terreiro de Umbanda ou de Candomblé, certamente já pôde observar o uso do Adjá. Esse objeto pode, à primeira vista, parecer apenas uma sinetinha, usada para convocar os médiuns ao início dos trabalhos da casa.

No entanto, ele tem extrema importância para a nossa Umbanda, não só durante os cultos, mas também no desenvolvimento dos médiuns.

O adjá, também conhecido como campa ou sineta, é um instrumento folclórico afro-brasileiro, espécie de campainha ou sino de metal, podendo ser simples, dupla ou tripla; pode ser confeccionado em latão, aço, dourado, prata ou cobre. É sagrado para as religiões de matriz africana, e é consagrado ao Orixá da casa ou do dirigente espiritual.

Ele tem a função de invocar os Orixás durante os rituais e trabalhos da casa; chamar os filhos da casa para o ritual de “dar comida” ao santo, ou para reverenciá-lo, além de acompanhar as danças e os toques de atabaque.

Cada Orixá possui seu metal. O prata é consagrado à Oxalá, Obaluaiê e Iemanjá. O dourado à Oxum, Oxumarê e Oxóssi. O cobre à Xangô, Oyá e Obá.

QUANDO E PARA QUÊ SE USA O ADJÁ?

Na Umbanda e no Candomblé, esse instrumento é um propagador de energia, utilizado em vários momentos:

  • No desenvolvimento mediúnico: utilizado para trazer e aproximar a entidade ou Orixá, facilitando a incorporação;
  • Nas oferendas, fundamentos e amacis: Serve para pedir Agô (licença), chamar o mensageiro/ Orixá e concentrar a energia;
  • Para abençoar: os filhos e visitantes da casa;
  • Para limpeza e energização da casa.

O adjá, após um processo de consagração específico, recebe o “poder” de, quando tocado acima da cabeça de um filho (médium), provocar o transe, pois,todas as entidades e Orixás, de Exú à Oxalá, todos respondem ao chamado deste instrumento.

Visto a sua grande importância, na Umbanda só pode ser utilizado pelo dirigente espiritual ou alguém preparado e de sua confiança.

O ADJÁ NO CANDOMBLÉ

No Candomblé, o adjá não pode ser manuseado por yawôs ou muzenzas ou por quem tenha menos de 7 anos de santo nem pelos não iniciados na religião. O iniciado que o manuseia sem autorização, pode ser imediatamente tomado pelo seu Orixá; pois, desde de seu primeiro bori, até sua iniciação, o reconhece como um chamado.

Aos 7 anos e quando recebe o direito do manuseio, o seu Orixá é chamado para a “quebra de quizila”, reconhecendo assim o novo direito do seu filho.

Fonte:-

- Texto de Davi P. Bucheb;

- Tatetu Nkisi Odemutaloio (Sérgio Silveira);

- Enciclopédia da Música Brasileira.

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