Os Orixás são ancestrais da Umbanda, que durante sua vivência alcançaram poderes sobre determinados aspectos da natureza como: os raios, mares, rios, etc.
A Umbanda, ao contrário do que muitos pensam, é uma religião que crê em um único deus chamado Olorum.
Os filhos diretos de Olorum são os orixás, que podem ser explicados aproximadamente como os santos e anjos da Igreja Católica, daí inclusive o sincretismo religioso da Umbanda.
Oxalá é o espírito mais antigo e elevado, estando abaixo apenas do próprio Pai, Olorum.
Somente “Deus Supremo” pode dar vida aos humanos, mesmo sendo Oxalá a criar o ser humano, é o Deus Supremo Olorum quem vai dar o sopro da vida a criação.
Existem orixás que já viveram e morreram na terra, como Xangô, Oyá, Ogum, Oxossi.
E existem os orixás que fizeram parte da criação do mundo e retiraram-se para o Orun, o caso de Obatalá, e outros chamados Orixás funfun (brancos).
Orixá é uma palavra mais conhecida por todos, mas é originária do Candomblé Ketu e Nagô para representar os filhos de Olorum.
Em outras nações existem palavras diferentes para designar essas divindades.
No Candomblé Jeje são chamados Voduns e no Bantú ou Angolano é chamado de Nkisi.
Os orixás são responsáveis por nos conduzir desde o nascimento, e agregam a personalidade de cada divindade às características psicológicas de seus filhos.
Dessa forma; cada ser humano é a combinação da reunião de orixás específicos, que formam o caráter e a personalidade da pessoa.
Na Umbanda, a Semana Santa representa a criação do mundo, por este motivo; neste período seus seguidores devem vestir-se de branco, principalmente na sexta-feira da paixão, por ser este o dia em que os orixás descem do Orún (o mundo dos espíritos) para conhecerem a grande criação de Olorum.
Conta a lenda que antes da criação do mundo Olorum, o Deus supremo, criou Oxalá, o primeiro orixá.
Oxalá recebeu de Olorum o “saco da criação” e com ele a ordem para criar o mundo.
Mesmo recebendo o previlégio da criação do mundo, Oxalá deveria cumprir certos rituais com outros orixás, e; sendo ele muito obstinado e de caráter altivo, não realizou as oferendas devidas a Exú, o orixá que deve ser servido antes de qualquer obrigação.
Oxalá seguiu com seu cajado, o paxorô, em direção a criação do mundo e chegando no limite entre os mundos encontrou Exú, e o vingativo orixá lançou um feitiço em Oxalá que lhe causou uma sede terrível.
Para acabar com a sede insaciável que se abateu sobre Oxalá, ele furou com seu paxorô o tronco de uma árvore do dendê, de onde saiu o vinho de palma.
Oxalá então bebeu do vinho até embriagar-se e caiu adormecido aos pés da árvore.
Odudua, orixá feminina criada após Oxalá e que rivalizava com ele, vendo-o adormecido sob a árvore, roubou o “saco da criação” caído ao seu lado.
Odudua levou o “saco da criação” a presença de Olorum, que disse a ela que fosse então criar o mundo, já que Oxalá não tinha condições. E ela assim o fez.
Então; Odudua espalhou o conteúdo do “saco da criação” sobre as águas, era a fértil terra.
Em seguida; ela colocou uma galinha que foi ciscando a terra para todos os lados, formando assim os continentes.
Quando Oxalá acordou viu que a criação já tinha sido feita, apresentou-se a Olorum para dar satisfações; e o Pai Supremo o castigou.
O castigo veio na forma da proibição tanto a ele quanto aos orixás funfun, de tomarem vinho de palma ou utilizarem o azeite-de-dendê, e essas tornaram-se as maiores quizilas de seus filhos.
Mas Olorum, deu ainda a Oxalá outra missão como consolo. Oxalá iria modelar os seres humanos do barro, e Olorum daria a eles o sopro da vida.
Ainda assim; Oxalá não respeitava muito a proibição de beber vinho de palma e por esta razão; modelava alguns seres humanos incorretamente.
Por isso; alguns humanos saem com problemas nas pernas, outros com lesões na coluna e outros que Oxalá confunde e tira do “forno da criação” antes da hora, tornam-se humanos pálidos e sem cor, são os albinos, pessoas consagradas ao orixá Oxalá.
Houve um tempo em que Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo, e modelar o ser humano.
Assim; o orixá Oxalá tentou vários caminhos.
Tentou fazer o ser humano de ar, à sua semelhança. Não deu certo, pois; o ser logo desvaneceu.
Oxalá tentou então fazer de pau, mas a criatura ficou dura e inerte.
Tentou também de pedra, mas foi uma tentativa ainda pior.
Fez de fogo e o ser humano consumiu-se.
Tentou azeite, água, e até vinho de palma; e nada!
Foi então que Nanã veio em seu socorro.
Ela deu a Oxalá o barro do fundo da lagoa onde ela morava, a lama sob suas águas; que representam a própria orixá Nanã.
Assim finalmente; Oxalá conseguiu criar o ser humano, pois o modelou no barro de Nanã.
E com o sopro de vida de Olorum, o ser humano caminhou.
Com a ajuda dos Orixás, os seres humanos povoaram a terra.
Mas; um dia eles tem que morrer.
O corpo do ser humano tem que voltar à terra, e retornar à natureza do barro de Nanã.
A grande mãe da humanidade, Nanã; que deu a matéria prima na criação da vida, quer de volta no final tudo o que é seu!
Assim; seus filhos retornam inevitavelmente ao barro de onde vieram.
Vou contar agora a lenda do Orixá Oxalá, que enganou sua esposa Nanã, para adquirir os conhecimentos sobre o portal do mundo dos vivos e o dos mortos.
A orixá Nanã era senhora do portal da vida e da morte.
Por determinação da própria orixá Nanã, somente os seres femininos tinham acesso ao portal, e não era permitido aproximação de nenhum ser masculino, sob nenhum pretexto.
Essa proibição aplicava-se também a Oxalá, seu esposo, que com o passar do tempo não se conformava com esta decisão
Oxalá sentia-se ofendido com a proibição, não só por ser o marido de Nanã e não compartilhar com ela os mesmo direitos; como isso desmerecia sua importância no panteão dos orixás.
Indignado com tudo aquilo; Oxalá pensou bastante até que encontrou uma forma de burlar as proibições de sua severa esposa.
Com vestes na cor branca, Oxalá vestiu-se como uma mulher.
Ele colocou o adê (coroa) com os chorões no rosto, próprio das yabás e aproximou-se no portal da vida e da morte, satisfazendo enfim sua curiosidade.
Mas a orixá Nanã não é boba nada, e estava atenta a seu portal.
Ela surpreendeu Oxalá, no exato momento em que ele tentava atravessar para o outro lado da dimensão dos mortos.
Então; Nanã proclamou:
“- Já que meu marido vestiu-se de mulher para desvendar um segredo tão importante, eu vou compartilhar esse mistério com ele.
De hoje em diante, Oxalá passa ter a incumbência de ser o princípio do fim para todos os seres humanos.
Oxalá tocará o seu paxorô três vezes ao solo para determinar o fim de um ser.
Porém; Oxalá sempre usará vestes femininas e, daqui para frente terá todas as oferendas fêmeas!”
Por esta razão; Oxalá passou a comer de forma diferente dos demais orixás masculinos.
Até hoje, é servido a Oxalá cabras e galinhas, como as yabás, as orixás femininas.
E Oxalá jamais desfez das vestes de mulher, mas em compensação; transformou-se no “Senhor do princípio da morte” e conheceu dela todos os seus segredos.
Os atabaques são objetos sagrados que, só depois de passar por rituais, poderão ser usados no terreiro.
Esses rituais são renovados anualmente para que os atabaques mantenham seu axé.
Eles são usados unicamente nas dependências do terreiro para diversas cerimônias e nunca saem à rua.
Através do toque dos atabaques os orixás são chamados à terra.
O toque do atabaque emite vibrações que promovem a ligação entre o ser humano e seus Orixás e guias espirituais.
Cada toque produz um som que funciona como um código mágico de evocação do mundo espiritual atraindo a energia de cada Orixá específico.
O trio de atabaques executa uma série de toques; que devem estar de acordo com os orixás que vão sendo evocados em cada momento da gira.
Os toques dos tambores são feitos com cantos que são chamados pontos dos orixás.
Existem pontos cantados específicos para cada orixá.
Laroyê, Exu! Exu é Mojubá! – Mensageiro, Exu! A Vós, Meus respeitos! – Saudação ao orixá Exú e também entidades Pombagiras e Exús.
Ogum yê! ou Ogunhê! – saudação ao Orixá Ogum, significando salve Ogum.
“Oke Arô” ou “Okê Odê” ou “Okê Oxóssi” – Salve, aquele que grita, brada. Salve o caçador! Salve Oxossi! Saudação ao orixá Oxóssi. Também usado como saudação aos Caboclos (Okê, Caboclo!).
Epa Hei – saudação a Orixá Iansã e significa falar com espanto Olá. Esse espanto de grandeza de admiração ao ver o Orixá e dizer a ela Olá Iansã, Olá Oyá.
Omi Beijada! Bejiróó! Farami só Ibeji!- é a saudação dos Erês.
Ri Ro Ewá!- é a saudação da orixá Ewá.
Iroko Issó! Eró! Iroko Kissilé! - é a saudação de Irôko ou orixá Tempo
Logun ô akofá! Loci Loci Logum! é a saudação do orixá Logunedé.
Ora Yê Yê Ô! – Saudação a Orixá Oxum e significa salve a benevolente mãezinha.
Odoyá ou Odocyaba – saudação a Orixá Iemanjá e significa salve a Mãe das águas.
Obà Siré! - saudação da orixá Obá.
Atotô – saudação para o Orixá Omolú, significando “Silêncio! Ele está aqui!”.
Arroboboi! - Dizemos quando queremos saudar o Orixá Oxumaré .
Saluba Nanã– saudação a Orixá Nanã Buruquê, cujo significado é “nos refugiamos em Nanã” ou salve a “Senhora da Lama”.
Euê-ô! Euê-ô! Euê-ô! (yorubá) – “Salve as folhas!” , ou melhor; “Salve o Senhor das folhas!” Saudação a Ossaim.
“Kaô kabecilê!” – Saudação ao Orixá Xangô que significa – venham ver (admirar, saudar) o Rei (Alteza) da Casa.
Êpa Babá – saudação ao Orixá Oxalá significando: olá, com admiração e espanto, ao ancestral dos ancestrais.
Guardadas as devidas diferenças de nações (Ketu, Jêje, nagô, etc) as cores dos fios de contas ou guias de Umband a são:
Assim como existem os santos e anjos, criados por um único Deus, existem as demais figuras mitológicas do panteão africano, os orixás; daí o sincretismo religioso da Igreja Católica com a Umbanda.
Quizila dos orixás ou Ewo são alguns atos praticados ou certos alimentos que não devem ser consumidos, pois; contrariam o axé de alguns orixás.
As quizilas dos orixás devem ser respeitados para manter a harmonia espiritual de seus filhos, que podem sofrer sérias consequências se não observam os preceitos de seus orixás regentes.
Quizilas são regras de conduta dentro da religião Umbandista, que podem impor restrições temporárias ou por toda a vida dos fiéis; em alguns casos.
No Candomblé, as punições em relação a quebra desses códigos são mais severas, dependendo da gravidade da interdição e; devem ser pagas com oferendas variadas.
A quizila é uma forma de reação negativa ao axé que atinge as pessoas física, mental e espiritualmente, gerando diversos transtornos na vida pessoal.
A Quizila dos Orixás age como se uma espécie de “alergia” intoxicasse os filhos de santo, trazendo assim mal estar e transtornos na vida da pessoa.
A quizila do orixá vem quando comemos ou fazemos algo que não devemos.
Cada um dos orixás tem suas próprias quizilas e seus filhos devem respeitá-las, sob pena de trazerem sérias consequências a vida.
As quizilas dos orixás são ensinadas ao longo da caminhada da iniciação que os devotos fazem na Umbanda.
As quizilas dos orixá s mais comuns são certas comidas, temperos, folhas para banhos ou alimentação, bebidas, cores de roupas, etc.
Visite as páginas dedicadas a cada orixá e cada entidade em nosso site clicando aqui.
Para saber seus orixás é preciso consultar o “Jogo de Búzios” e revelar cada orixá que rege você, que são 3 e formam uma combinação única; e essa combinação não se repete ou é semelhante nem sequer em gêmeos.
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